sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A SANDÁLIA, O ANEL E O PERDÃO

Meu irmão Stenio Március tem uma pequena obra prima chamada - FIM DE TARDE NO PORTÃO, onde ele mostra a paráboloa do filho pródigo, do ponto de vista do Pai. Aí me ocorreu a idéia de escrever algo sobre o que passava na cabeça do filho enquanto voltava pra casa. Saiu...

A SANDÁLIA, O ANEL E O PERDÃO
Volto pra casa cansei desse exílio

Nada mais tenho a perder
Doce era o vinho, amaro é o vício
Volto sem nada colher
Sou mero espectro do filho de um rei
Sombra de hereu, resto de sucessor
Trago no peito a saudade de um nobre e antigo amor
O que me aguarda só Deus é quem sabe
Ira, tristeza ou rancor?
O que mais posso esperar ou pedir?
Fiz o papel de agressor...
Minha esperança é que ele me aceite,
Como plebeu, sementeiro de grão
Vou trabalhar pelo pão, pagar pelo que esbanjei

Mas de repente o inesperado me brinda
De longe ainda, meu pai que espera me vê
Seus pés o fazem correr, correm pra me socorrer
Braços me abraçam, são laços de compaixão
Beijos na face a dizer, meu filho amado voltou!
Mais que a sandália e o anel, seu amor me salvou.


2 comentários:

  1. Lindo, simplesmente. Se acha que mereço a honra da parceria, fique a vontade para escolher qualquer poema. Há muitos mais, mas ando sem tempo de postar.
    Aqui vai o link da versão do texto de Lucas 15:11. (Pródigo de Mim)

    http://arletepoesia.blogspot.com/2008/08/prdigo-de-mim-baseado-na-parbola-do.html

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  2. Belas letras e canções! Como já temos a canção do pai (Stenio Mmarcius), temos a do filho (vc), precisamos também da canção do irmão magoado.
    Att,
    Denise

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